Antes de ser uma das maiores inovadoras da indústria dos videogames, a Nintendo passou por muitas empreitadas, desde o seu início como fabricante de carta, passando pelo setor de hotelaria, chegando no entretenimento com brinquedos e games.
Antes do sucesso de Donkey Kong, a empresa japonesa teve alguns lançamentos de releituras de jogos famosos, como Space Invaders, chamado Space Fever, e Pong. Seguindo esta prática, o então presidente, Hiroshi Yamauchi, deu uma entrevista a NHK dizendo que a indústria deveria deixar o sigilo de lado e compartilhar conceitos e outras ideias para que a indústria se fortalecesse.
“Não existe algo como patentear uma forma de jogar. Veja, se alguém tiver a vontade e o tempo, ele pode copiar qualquer coisa. Não há como fugir disso. Então, nós deveríamos abandonar essa forma de pensar, e todos deveriam lançar seu software de forma aberta, visando o crescimento da indústria como um todo. Dessa forma, mesmo que, digamos, Space Invaders perca popularidade, os jogos continuarão a florescer. Nós precisamos abandonar essa ideia de sigilo, e pensar em juntar todos os nossos recursos para o crescimento da indústria. Esse é o ideal.”
No final dos anos 70, a indústria de jogos ainda estava se formando e muitos conceitos e tecnologias que conhecemos hoje ainda não existiam. No Brasil são famosos os clones e cópias, não apenas dos jogos, mas também dos consoles. Esse crescimento desordenado levou à crise dos jogos de 1983 e o episódio dos cartuchos de E.T. enterrados no deserto.
Anos depois, vemos a Nintendo protegendo muito suas franquias e inovando, buscando expandir o mercado, dando foco aos controles de movimento e trazendo sistemas de duas telas e um console de mesa e portátil ao mesmo tempo. No meio do caminho tivemos alguns fracassos, como Virtual Boy e Vitality Sensor, mas a empresa se mantém como um importante pilar da indústria, se contrapondo às suas concorrentes, mais conservadoras no desenvolvimento de hardware.