Depois de um período de “férias” (entre trabalhos atrasados e estresses mentais constantes), estamos de volta com o Papo de Gamer! E vamos manter esse ritmo constante agora.
The Legend of Zelda é uma das franquias mais adoradas da Nintendo. Em cada novo anúncio, seja de game original, remasterização, spin-off ou qualquer coisa relacionada a série, a maior preocupação dos fãs é de quando será lançado. Não é sem motivo que as vendas de Hyrule Warriors já chegam a 1 milhão de unidades, e haja tanto hype para o lançamento de Majora’s Mask para o novo 3DS. Isso sem contar os recentes anúncios do relançamento de A Link to The Past em HQ, do game para Wii U no final do ano… e da recente série em Live-Action pela Netflix!
Pensando em tudo isso, me vem a questão: qual é o motivo de tanto sucesso? Essa é uma pergunta feita por alguém que não tem tanta experiência com Legend of Zelda. Sim, o máximo que pude aproveitar até agora do universo de Link e Cia. foi com Minish Cap de GBA. E mesmo com tantas séries de fantasia medieval atualmente no mercado, as histórias de Link continuam adoradas pelos fãs da Nintendo em geral.
Vamos pensar um pouco em suas características, e “filosofar” a respeito.
Legend of Zelda: Um Bem e Mal Necessário
Não me levem a mal. Não odeio a série, muito pelo contrário. Só não tive a experiência de tê-los aproveitado conforme a época de seus lançamentos. E sempre que encontro algum fã de Zelda, seus comentários acalorados sobre a história me chamam a atenção.
De maneira superficial, quase todas as histórias da série giram sob um mesmo tema: nosso herói é a última salvação antes que o mundo entre em colapso pelo grande vilão que é a verdadeira encarnação do mal. Por um bom tempo, não levei essas premissas a sério até conhecer mais sobre a série nesse vídeo aqui, e que me levou a alguns pontos interessantes.
Link de tudo quanto é jeito |
Apesar de plots similares, Legend of Zelda se trata de ciclos de um maniqueísmo cada vez mais escondido na sociedade e nos games atualmente. Enquanto sabemos claramente quem é bom e mau em TLoZ, não temos a mesma impressão em nosso cotidiano. Em outras palavras, ao entrarmos no universo de Hyrule, sabemos quem vamos enfrentar, porque vamos enfrentar e porque isso vale muito a pena.
Em quase todos os jogos da franquia, temos esta noção clara de heroísmo, de que iremos fazer algo para salvar o mundo, e ao contrário de uma outra série da Nintendo, “salvar a princesa” está curiosamente em segundo plano. E ao avançarmos no game, vendo a mudança que suas atitudes causam às pessoas, o game oferece aquilo que muitas pessoas procuram hoje em dia: serem especiais. Não é atoa o fato do protagonista se chamar Link, e ser mudinho.
Link e Ganondorf são dois bons exemplos de personificação do Bem e do Mal |
The Legend of Zelda deixa bem claro seus objetivos grandiosos em tramas tão simples e tocantes. Mas e quando ele não faz isso?
Fazer o bem sem querer algo de volta
Um pouco mais acima eu disse que quase todos os jogos da franquia Zelda tratam de uma luta direta entre bem e mal, exemplificado diretamente nas figuras de Link e Ganondorf. Quase, pois temos alguns exemplos que não tratam diretamente do assunto, como é o caso de Majora’s Mask e Twilight Princess, que curiosamente dividem a opinião dos fãs quanto a sua qualidade.
As quests de Majora’s Mask mostram exatamente o senso de ajuda sem querer nada em troca |
Foi justamente ao conhecer mais sobre estes dois games que meu interesse na série aumentou. Ambas as histórias ressaltam um aspecto importante do heroísmo, o de ajudar genuinamente aqueles ao seu redor sem esperar algum tipo de retorno.
Acredito que o grande charme da série, mais do que o seu game design bem montado (me diverti muito com a transição de cenários de Minish Cap) e conteúdos imersivos, é a capacidade de gerar empatia não apenas do jogador com o personagem central, mas com aqueles a quem interagir, tudo de maneira simples, sem apelos gráficos ou fan services gratuitos. Algo que vi recentemente na animação Avatar, por exemplo.
Então, por que você gosta de Zelda?
The Legend of Zelda continua encantando gerações até hoje. E entendo bem o hype gerado pelos fãs quando recebem qualquer novidade dos novos games. Chega a ser inspirador se considerarmos uma época em que as histórias de fantasia medieval nos games abraçam cada vez mais os estilos de George R. R. Martin e Bernard Cornwell de contar histórias (e antes dos julgamentos, gosto dos trabalhos de ambos os autores, mas tem espaço para todos os estilos).
É uma prova de que as histórias de “Bem contra o Mal”, sem tantos tons de cinza, continuam fortes o suficiente para mostrar caminhos mais virtuosos a seus jogadores. E motivos o suficiente para ir procurar os demais games da franquia.
E você, por qual motivo gosta (ou não gosta) de The Legend of Zelda? Deixe nos comentários, e até o próximo Papo de Gamer.
PS: acho F-Zero e Metroid muito mais legais.