Olá Gamers, vamos conversar…
Só de ouvir falar no console Ouya, muitos Gamers “torcem o nariz” e de imediato querem mudar de assunto por conta da frustração e das duras marcas que o hype pelo videogame deixou em muitos corações, o Ouya prometeu muito, mas alcançou muito pouco de tudo que apresentou.
Do que se trata?
Ouya é um console Indie, fruto de uma campanha de KickStarter, lançado por Julie Uhrman, em 25 de Julho de 2013, e por ter sido muito apoiado por aqueles que viam um grande potencial no projeto, o console vendeu muito e muito rápido em seu lançamento.
A proposta era produzir um console aberto ao desenvolvimento público e acessível ao usuário final, prometendo uma vasta gama de jogos independentes em mídia digital e a disponibilidade de versões de testes de todos eles. Pelo modesto valor total de 99 dólares, contribuidores receberiam sua própria cópia do sistema (um cubo de três polegadas) e um controle oficial sem fio com touchpad.
O Ouya possui um chip Tegra 3, um processador ARM Cortex-A9 Quad-Core de 1,7 GHz, placa de vídeo GeForce ULP da NVidia e 1 GB de memória RAM DDR3. Ele conta com uma saída HDMI para 720p ou 1080p e se conecta à Internet através de uma saída de rede e Wireless 802.11 b/g/n.
Como sistema operacional, o “miniconsole” carrega consigo o popular sistema da Google, um Android Jelley Bean modificado, e sendo um Android, a exploração interna de seu software não é complexa, possibilitando várias modificações para o pequenino. O console possui uma loja própria e uma imensa abertura para jogos indies, tendo como regra para lançamentos, que pelo menos uma parte do game deverá ser disponibilizado gratuitamente.
Um controle Bluetooth, levemente similar ao do Xbox 360 (inclusive com pilhas…) porém, com um touchpad em seu centro com uma boa anatomia, não é um primor, mas cumpre seu papel.
A Queda
Os problemas financeiros da empresa responsável pelo console, falta de colaboração com parceiros, contratos não cumpridos e mais uma série de pontos que fatalmente prejudicariam qualquer empresa, prejudicaram de modo significativo a biblioteca de jogos do console. Se o sistema não fosse “rooteado”, não era possível instalar aplicativos além dos já disponíveis na loja padrão do sistema. Caso fosse, era possível instalar basicamente qualquer software com extensão .APK (Android Package), apesar do funcionamento correto do controle nestes casos não ser garantido.
Sendo assim, a altivez da empresa e pontos básicos em administração fizeram o console virar uma “piada” e deixar o Ouya com muitas “viúvas” , um console com um agrande potencial, especialmente para os desenvolvedores Indies, caiu por terra por rigidez no desenvolvimento de games e na distribuição dos mesmos, e sem novidades e com uma série de bloqueios o console se tornou tudo o que ninguém queria ter.
Sobrevida
Os emuladores sempre fizeram parte da loja do Ouya, e todos são Free, sendo assim, o console se tornou um bom centro de emulação, tendo o mesmo funcionamento dos emuladores de celulares, porém, dificilmente um consoles igual ou superior ao PS1 conseguirá ser rodado no Ouya, já que sua limitação de RAM gera tal barreira.
Mesmo assim para quem curte games retrô e curte ter uma experiência diferenciada em consoles, diferente de tudo, posso afirma que o Ouya é algo interessante, e sim, eu tenho um. Explora-lo é divertido, conhece-lo é uma boa experiência, infelizmente ele é uma sombra do que foi prometido ao mundo dos games, porém, é digno de alguns louros.