O que faz com que os games da Nintendo sejam considerados experiências realmente únicas e singulares? Caso esse questionamento já tenha passado pela sua cabeça, Shigeru Miyamoto, responsável pela criação de grande parte dos jogos da Big N, tem a resposta.
“Definitivamente, quero que todas as pessoas curtam o jogo, mas o termômetro inicial é se eu gostei dele ou não. Outra coisa é quando há um fator único em um game da Nintendo, algo que não aparece em títulos de outras companhias – e isso pode ser a forma de jogar o game ou as técnicas e tecnologias que serão utilizadas. Há algumas coisas que podemos utilizar, então tudo acaba sendo uma questão de como combinamos esses elementos”, explicou Miyamoto em entrevista com o jornalista Stephen Totilo do site Kotaku.
Durante o bate-papo, o lendário designer da Nintendo também explicou que é importante que o jogo tenha um núcleo, e que é com base nele que os times de produção definem quais tecnologias serão utilizadas no desenvolvimento. Por falar em núcleo de um jogo, houve a menção de que isso pode ser interpretado como a experiência da pessoa que está curtindo o game.
Por ocasião, a entrevista foi concedida durante a E3 2016 e evidentemente, o tema The Legend of Zelda: Breath of the Wild não podia ficar de fora da conversa. Miyamoto comentou sobre a ligação desta nova aventura de Link com o primeiro game da série. Para o funcionário do alto escalão da Nintendo, ambos os games possuem um mesmo núcleo, que é encarar o desconhecido que está ao seu redor.
“Acho que definitivamente, como um time de desenvolvimento, nós percebemos que esse deveria ser o núcleo [de Breath of the Wild]. Isso foi algo que discutimos como um time. Conforme a franquia evoluiu, os calabouços se tornaram maiores e mais complexos, e a ordem de navegação entre eles se tornou algo necessário. Esse foi o dilema contra o qual lutamos. Quando implementamos as físicas no jogo e a liberdade de explorar o mapa livremente, isso resultou em um retorno às raízes e ao núcleo daquilo que Zelda representa. E estamos bem felizes com isso.”
A entrevista também serviu para que o pai de Mario tocasse em outros assuntos, como o fato de que ele não se acha velho como um desenvolvedor. Felizmente, esperamos que Miyamoto continue a nos encantar com suas criações e que faça a “magia Nintendo” acontecer.