A Nintendo esteve presente na Brasil Game Show 2022, com um dos maiores estandes da feira, a empresa levou diversos games e experiências para quem estava presente no evento.
Em entrevista exclusiva, Pilar Pueblita, gerente de relações públicas da Nintendo na América Latina, nos contou um pouco sobre os futuros planos da Nintendo para o Brasil, e como a empresa enxerga o nintendistas brasileiro. A entrevista completa você confere abaixo:
Para começarmos, qual a sua franquia favorita da Nintendo?
“É muito difícil para mim escolher apenas um game. Eu sou do México, e quando era criança eu joguei diversos jogos em meus NES e SNES, por isso é muito difícil escolher apenas um jogo. Eu sou grande fã de Pokémon, mas também amo Mario e Kirby, mas pra mim o mais importante são os momentos especiais que esses games me trouxeram. Me lembro de quando eu era criança e jogava Mario Kart com minha mãe, e agora eu também vou ser mãe, e estou muito ansiosa para poder jogar vários jogos e ter momentos divertidos com o meu filho. Por isso é tão difícil escolher apenas um game, porque eu amo vários jogos, que marcaram minha vida em diferentes momentos.”
A Nintendo está de volta à BGS após a pandemia, e com um dos maiores estandes da feira, o que os fãs podem esperar do apoio da empresa ao Brasil nos próximos anos?
“Uma das coisas que eu posso destacar é o compromisso que a Nintendo tem com o mercado Brasileiro e com os seus fãs. Umas das missões da Nintendo é colocar um sorriso no rosto das pessoas através de experiências únicas. O estande da Nintendo aqui na BGS tem diversas atividades, com diferentes tipos de games, trouxemos por exemplo o Mario + Rabbids Sparks Of Hope, que ainda não foi lançado. Parte de nossa missão aqui no Brasil, é colocar um sorriso no rosto de cada jogador Brasileiro. Não posso confirmar quais sãos os nossos próximos planos, mas estamos muitos felizes por trazer esse incrível estande para a BGS, onde todos os fãs podem jogar. Eu estou andando pelo estande e vendo como as pessoas estão felizes e animadas.”
Como você vê a importância do Brasil globalmente para a Nintendo, visto que o Brasil é um dos maiores mercados de jogos do mundo?
“Definitivamente o mercado Brasileiro é importante para toda a Nintendo, não apenas para a Nintendo of America, nós temos trabalhado muito para aumentar as opções de acesso dos consumidores aos nossos produtos. Desde que nós lançamos oficialmente no Brasil o Nintendo Switch em Setembro de 2020, nós continuamos trabalhando para trazer novidades todos os anos para os consumidores, como a Nintendo eShop, o Nintendo Switch Lite, o modelo OLED, e agora nós estamos anunciando oficialmente a venda de jogos em mídia física. Essa é a nossa forma de dizer que sem dúvidas o mercado de games brasileiro é de extrema importância para a Nintendo.”
Os fãs Nitnendistas tiveram impacto na decisão da Nintendo de retornar ao Brasil?
“Eu não diria que voltamos, pois nós sempre estivemos aqui. Nós sempre mantivemos diversas parcerias no país, como por exemplo a venda de conteúdos digitais, ou nossos Gift Cards da eShop. Mas o mais importante é, nós conhecemos nossos consumidores, a Nintendo sempre esteve aqui, antes mesmo do lançamento do Nintendo Switch, e nós sabemos a importância do Brasil e do consumidor Brasileiro e nós queremos estar aqui no Brasil com mais atividades presenciais.”
Um novo Zelda está prestes a ser lançado, o jogo tem muitos diálogos, e o português é uma das línguas mais faladas no mundo, os fãs brasileiros podem esperar os próximos grandes lançamentos da empresa com PT-BR no dia de lançamento?
“Eu não posso confirmar ainda quais as línguas estarão disponíveis no lançamento do próximo Zelda, mas o que eu posso reforçar é, nós agora temos quatro jogos totalmente traduzidos para o Português do Brasil, além do suporte que estamos dando para os jogadores Brasileiros, o que peço é para ficarem atentos as novidades que estão por vir.”
Qual a maior dificuldade em lançar games e consoles no Brasil?
“Eu não diria dificuldades, eu diria processos e desafios. Nós temos um time específico na Nintendo que trabalha apenas com agências reguladoras de cada país, por exemplo, para o Nintendo Switch ser lançado aqui, nós tivemos que ter a aprovação da ANATEL com todas as suas certificações, e isso não é difícil, mas sim apenas parte do processo. Nosso time trabalha o mais rápido possível, mas é claro, temos que seguir todos os processos e leis de cada país e isso pode fazer com que tudo atrase ou demore um pouco. Mas sem dúvidas, nossos planos futuros é trazer novidades e lançamentos para o consumidor Brasileiro de forma cada vez mais rápida.”
A Nintendo retornou para o Brasil vendendo inicialmente jogos digitais, é mais fácil vender jogos de forma digital no Brasil?
“Eu não diria mais fácil, mas sim que temos mais oportunidades para oferecer mais jogos, se vocês olhar a eShop você irá encontrar milhares de jogos first party ou third party, e até mesmo jogos indies, jogos digitais nos permite levar mais oportunidades aos nossos jogadores.”
A Nintendo anunciou o preço da venda dos seus jogo em mídia física por R$ 350, o valor é muito alto para o jogador Brasileiro, a empresa tem alguma estratégia ou plano para tornar esse valor mais acessível?
“Não é a Nintendo quem escolhe o preço dos seus jogos no país, mas sim os distribuidores locais, o modelo de vendas da Nintendo no país é baseado nos distribuidores locais e são eles quem definem o valor sugerido para os jogos. Como o valor dos jogos não é definido pela Nintendo, eu não poderia dizer que ele irá mudar ou diminuir, porque essa é uma responsabilidade dos distribuidores.”
Esperamos que em 2023 a Nintendo esteja novamente na Brasil Game Show, com um estande tão bom e organizado como o de 2022.