Olá Gamers, vamos conversar…
Em meados dos anos 2000 e fim da década de 1990, nem todos os amantes de jogos tinham condições financeiras para adquirir os consoles da moda, quiçá, alguns tinham consoles retrô, mas como aqui em terras Tupiniquins, ter um videogame sempre foi sinônimo de “mercado negro de órgãos”, os players tinham no máximo um console; mas com a globalização da informática e o avassalador “bum” da emulação de consoles, especialmente em PCs, tudo que conhecíamos estava prestes a mudar.
Do que se trata?
De modo geral, a emulação, aplicada no meio da informática, é o ato em que um software reproduz funções específicas de um ambiente no ambiente de origem do programador. Aplicando isso para o mundo dos consoles, a emulação, realizada por um emulador, faz com que as características de jogos/ROMs específicos ao software utilizado, sem importar em qual mídia o game foi lançado originalmente (CD ou Cartuchos), sejam reproduzidas no local de origem, graças a ferramenta que emula, de maneira similar ou aprimorada ao console original.
“O que mais se via” em casa de gamers que não tinham consoles, eram PCs de potencial médio emulando Mega Drive, Master System, Nintendo e até PlayStation 1, tudo criado através do amor pelos jogos e a dificuldade da compra e obtenção de uma vasta coleção de consoles.
O passado
Em 1995 vários protótipos de emuladores NES foram feitos, mas suas incalculáveis falhas de programação faziam com que os softwares não estivessem aptos para uso, porém, em alguns emuladores com desenvolvimento mais avançado, era possível ouvir o som e músicas dos jogos, o que foi considerado um grande trunfo para o que havia de vir. A tarefa de emular consoles mais novos era muito difícil, pois a falta de documentação física e digital do hardware desejado não era suficiente para tal aplicação, o que motivou muitos a usar engenharia reversa, um ato ilegal mas necessário para a progressão. Nesse ano, emuladores de Commodore 64, MSX e ZX Spectrum se tornaram funcionais, levando muitos jogos dessas plataformas ao PC.
Dois anos após, em 1997, os computadores com processador Pentium já estavam amplamente consolidados, o que ajuda em muito o desenvolvimento mais funcional de emuladores, e a partir deste ano, grandes emuladores foram lançados e marcaram uma era.
Logo no início do ano a Bloodlust lançou o NESticle, um emulador que impressionava pela perfeição em que rodava as ROMs, viabilizando o PC a rodar game de NES e tornando o computador um videogame extremamente funcional. Iniciou-se uma corrida para emular outros consoles, o Master System que também nesse ano recebeu um ótimo emulador. No final do ano a Bloodlust surpreendeu mais uma vez lançando o Genecyst, um emulador perfeito de Mega Drive mas que exigia uma boa máquina para rodar.
Deste ponto em diante, evoluções e emuladores fantásticos começaram a nascer, Emurayden, Snes9x, MAME, NO$GBA e muitos outros ampliaram os horizontes do conhecimento gamer para muitos jogadores.
Aplicação atual
Na atual era em que vivemos, a emulação esta cada dia mais aplicada nos conceitos de consoles. Hoje, as lojas virtuais de cada console da atual geração, fazem compilados de games retrô e vendem a preços absurdos para os consumidores sanarem sua nostalgia; Sega Genesis Collection, Castlevania Requien e Rare Replay são títulos interessantes, porém, são meras emulações.
Alguns consoles de outras gerações conseguem emular muita coisa de modo satisfatório, podemos citar o Xbox Classic (que para muitos é uma fantástica máquina de emulação), Nintendo Wii , Ouya e especialmente o PlayStation Portable que emula quase tudo que conhecemos hoje com uma perfeição similar aos consoles originais e PCs.
O mercado de emulação tem ganho tanto espaço, que máquinas portáteis projetadas apenas para emulação estão sendo lançadas no mercado chines para tal execução primária, BittBoy e CoolBaby são portáteis que rodam tudo que conhecemos até o PS1 e com preço bem razoável; mas claro, hoje, o melhor e mais simples de emular é no celular, aplicativos simples, práticos, que fornecem download de ROMs, com controle touch ou compatibilidade com controles físicos.
Para muitos gamers, o fato de emular é algo extremamente sem honra, sem essência e que fere todas a bases da comunidade de jogadores, porém, outros veem a emulação como um real ato de aplicação de horizontes e divulgação de jogos que outrora estavam enterrados.
Apesara das diferentes visões, sabemos que todos já fizeram uso destas amadas ferramentas em uma dada época de suas vidas e se “recordar é viver”, como dizem por ai, emular é um elixir da vida.