A carismática meia-gênia esta de volta na sua quinta aventura em Shantae and the Seven Sirens, desenvolvido por WayForward, lançado 28 de maio de 2020 para PS4, XONE, Switch e PC – versão jogada para análise.
História
Shantae e seus amigos são convidados a passarem férias em Paradise Island, pelo prefeito que está organizando o festival das meia-genias – filhas de genias com humanos. Na cidade ela conhece outras 5 meia-genias e são convidadas a se apresentarem para o festival. Porém durante a apresentação, todas exceto nossa heroína desaparecem misteriosamente. Abaixo da ilha existe uma cidade submersa perdida que habitavam 7 sereias. É por onde começa a busca de Shantae por suas companheiras.
Como já é típico da série, toda a aventura é bem humorada. Com momentos e textos repletos de piadas, trocadilhos e referências, fazendo até diálogos com os NPCs te divertir. Apesar de ter legendas em português, a tradução é confusa em alguns momentos principalmente nas piadas, recomendo jogar em inglês se entender.
Jogabilidade
Quando se trata de jogos plataforma, a série sempre entregou um produto satisfatório e aqui não é diferente. Os controles funcionam bem, o ritmo é fluído e o level design bem feito mas com algumas falhas. Elementos inspirados em The Legend of Zelda estão presentes. Como os calabouços, cada um com um tema e quebra cabeças que requerem o uso de novas habilidades encontradas neles, que também fazem parte da estratégia para derrotar os chefes. A barra de vida são em corações, onde começamos com 3 e a cada 4 fragmentos encontrados, mais 1 coração é adicionado.
Após o ultimo jogo ter adotado sistema de fases, agora a progressão é totalmente em metroidvania com um mapa único e áreas interligadas, valorizando mais a exploração. Porém é fácil ficar perdido em alguns momentos e deixar algum item para trás por não ter a habilidade necessária, e após conseguir, esquecer onde estava. Problema que seria resolvido com a adição de marcadores no mapa.
Um novo sistema de cartas foi implementado, onde cada inimigo do jogo dropa a sua carta, cada uma com uma melhoria podendo equipar até 3. Algumas cartas mais raras são coletadas negociando com NPCs.
Como de costume Shantae tem em seu arsenal as chicotadas de seu cabelo, itens mágicos e as transformações em animais, que agora estão otimizadas. Nos jogos anteriores para se transformar era necessário uma combinação de botões que ativava uma dança que pausava o jogo durante a animação. Agora basta um botão ou lugar específico que são ativadas instantaneamente. Porém as danças agora são usadas para ativar a magia emprestada das meia-genias.
Os inimigos são bem generosos sempre dropando vida e mana, além de itens que ficam armazenados no menu, que também recuperam. Ainda é possível comprar poções, sem falar da magia de cura. Os upgrades no cabelo acabam deixando as batalhas mais fáceis, principalmente nos chefes que já possuem padrões previsíveis. Esse excesso de recursos acaba deixando o jogo bem fácil.
Gráficos
Os modelos e cenários em alta definição estão presentes desde o último jogo e continuam bem bonitos. As artes dos personagens são bem desenhadas, assim como as cenas animadas. A maior parte da aventura se passa na cidade submersa, dando uma ambientação parecida a Metroid com ambientes mais fechados, sem tanta variação de biomas como nos títulos anteriores da série. Exceto nas cidades da superfície que são bem vivas e animadas. Curiosamente o layout da cidade submersa lembra a Deep Web na imagem do iceberg.
Som
No geral as faixas são gotosas de ouvir e se encaixam com a atmosfera. Nas cidades da superfície músicas animadas são tocadas. Nos calabouços são tocadas músicas mais intensas que passam a sensação de aventura, e conforme avança na cidade submersa são tocadas músicas mais intensas, dando a sensação de profundidade. Os efeitos sonoros são adequados e há dublagem em algumas falas.
Apesar de pouco desafiante e fácil de ficar perdido em alguns momentos, Shantae and the Seven Sirens entrega uma aventura divertida e bem humorada, que vai te prender nas 7-10 horas de jogo.