Análises

Análise: Pokémon Sword e Shield: The Crown Tundra

Estamos há pouco mais de 11 meses do lançamento original de Pokémon Sword e Shield, que chegou em novembro de 2019 como uma aposta de fim de ano para diversão no Nintendo Switch.

A migração do mundo portátil para o híbrido sofreu algumas alterações, como a qualidade gráfica e a expansão de uma região atráves de DLCs. Em junho deste ano recebemos a primeira parte destas expansões, a Isle of Armor, que já foi analisada aqui. Em outubro, a região de Galar volta a receber treinadores e mais Pokémon, com a The Crown Tundra, que pretende popular os espaços mais vazios do jogo base, o tornando mais completo.

Existe muito para se explorar e contar sobre a aventura nas montanhas frias, então se aconchegue aí e boa leitura!

Esta análise foi feita graças a uma chave da DLC fornecida pela própria Nintendo!

Uma aventura bem cool

A aventura só começa com duas condições: tenha o Expansion Pass e atualize o jogo para a versão 1.3.0. Com isso, o convite é o mesmo de quem já visitou a Isle of Armor: vá para Wedgehurst Station e dirija-se à Crown Tundra.

Assim que você pisa na neve, já conhece dois personagens: Peonia e seu pai Peony, ambos cheios de personalidade e que estão em uma discussão familiar sobre os planos de viagem. A discussão é apartada por nós e termina em uma batalha Pokémon (durr) entre você e o pai dela, que na verdade foi a distração necessária para que Peonia possa partir para uma aventura Dynamax nos Max Lairs por conta própria.

A partir daqui, os novos personagens e seus objetivos pessoais de se aventurar são agora as suas motivações nas terras geladas, onde os ajudamos enquanto podemos ter a sorte de encontrar criaturas incríveis que Galar não havia nos mostrado antes. Apesar de termos os dois como guias para o início das aventuras, prosseguir e se divertir com elas fica por conta do treinador!

Conhecendo o Max Lair

Para achar Peonia em suas aventuras, nós chegamos no Max Lair: um ambiente isolado que é uma caverna com bifurcações, onde lutamos em grupos de 4 jogadores (online ou não) contra alguns Pokémon com Dynamax.

Você não leva a sua party consigo, então precisa escolher apenas um Pokémon em uma seleção aleatória de “Pokémon alugados” resistentes à caverna, enquanto seus 3 companheiros escolhem os deles. Tudo aqui é bem coletivo, inclusive os caminhos a se seguir, baseados em votação onde o que a maioria decidir será feito.

Usar Pokémon que não são seus somado com as decisões em grupo para escolher o caminho e o tipo do monstrinho a ser enfrentado são obstáculos que tornam a coisa mais interessante. Desde o começo da trilha, você terá 4 corações (com o HUD bem no estilo Zelda!) onde perder 4 vezes resulta em falhar e voltar ao início. Falando em início, no começo é dito que você pode levar consigo apenas um Pokémon capturado lá dentro, então escolha com cuidado.

Os afazeres na Tundra

Ao final da sua aventura na caverna, você encontra Peonia que te diz em um rápido diálogo como não quer participar da aventura que seu pai propôs, além de mencionar que ele já foi líder de ginásio. Durante a conversa ela tem a brilhante ideia de colocar você no lugar dela, e é aí que sua aventura se inicia de fato: com os planos de viagem de Peony em descobrir mistérios, ou seja, nossas missões.

As missões te fazem explorar toda a área a todo o momento. Peony estabelece algumas missões, mas tem muito mais para ser feito e nada exige uma ordem, já que dá para simplesmente sair na direção que você achar correta. Saiba que muitos Pokémon antigos estão envolvidos nos mistérios e descobertas, então se você for um jogador saudosista não deixe de mergulhar nessas missões!

Praticamente 90% de toda a área nova possui câmera com movimentação livre, o que realmente incrementa a ideia de mundo aberto e exploração definitiva a se esperar de um Pokémon para consoles de mesa. Os diferentes biomas resultam em Pokémon coerentes para cada área e a possibilidade de escolher um caminho aleatório e ser surpreendido positivamente por uma nova área é bem divertido. Em Crown Tundra a exploração chega num nível satisfatório e com motivações bacanas o suficiente para prosseguir motivado.

Veredito

A DLC faz um ótimo trabalho em colocar uma região nova que REALMENTE foca em explorar. Tudo é vasto e misterioso, tem altos e baixos, cavernas e campos. A temática de gelo foi muito bem colocada, e junto disso, personagens novos que são energéticos e com personalidade forte, sem a necessidade de muito diálogo ou background para entender isso.

As missões seguem um padrão similar as de Isle of Armor, mas são mais interessantes, ao meu ver. Enquanto o primeiro focava muito em afazeres para um espaço físico (o Dojo), este já foca na exploração e no místico. A PokéDex atualizada também é um fator sempre muito bem-vindo.

Essa área trouxe para mim novamente o amargo de que isso deveria de certa forma já ser a premissa do jogo base. Os conteúdos são “pequenos demais” para um terceiro jogo, obviamente, mas talvez pudessem ser maiores em futuros outros entrantes para Sword e Shield. O ponto central e positivo é que a segunda leva da expansão já foi melhor em relação a primeira, e espero que todas as adições desse jogo sigam esse conceito de escalada para que enfim possamos dizer que o jogo está completo.