surpresas mais agradáveis e inesperadas que tivemos durante a última E3, o game
que foi anunciado para o Nintendo 3DS em uma Nintendo Treehouse, e conseguiu fazer o
coração de alguns gamers bater mais forte, já que mal havíamos digeridos o fato
de Metroid Prime 4 também ter sido anunciado (para o Switch) durante a
apresentação principal da Nintendo, sim meus caros Samus Aran está de volta e
tudo indica que dessa vez ela veio para ficar!
Caçando Metroids
se trata de um remake de Metroid II Samus Returns que foi lançado para o Game Boy lá em 1991, porém para muitas pessoas (assim como eu), esse game se trata
de algo inédito e muito provavelmente se você já teve a oportunidade de jogar o
original no Game Boy ou pela eShop do 3DS você também irá notar que o jogo
trás muitas novidades com relação a sua versão antiga.
O game foi desenvolvido
pela Mercury Steam e apesar de trazer muitas evoluções e novidades, seus layouts de fase e história tentam seguir os padrões de sua versão antiga,
assim como o fato de ele ainda ser um jogo de plataforma 2D, (mas com uma
profundidade de cenário incrível), aliás falando em história, o jogo trás a
continuação dos eventos do primeiro Metroid lançado para o NES lá em 1986 onde
no ano de 20X5 a Federação Galáctica consegue encontrar formas de vida
estranhas em um planeta intitulado de SR388, porém as naves dos pesquisadores
sofreram com ataques de piratas do espaço que ficaram gravemente feridos e
danificaram suas naves, esses piratas estavam sendo liderados pela Mother
Brain, no entanto, após esses acontecimentos a Federação Galáctica concluiu que
os Metroids ainda eram uma grande ameaça para a humanidade e sendo assim
recrutaram a caçadora de recompensas Samus Aran para que ela fosse até o
planeta de origem desses Metroids (o planeta SR388) para aniquilá-los sendo
essa a principal premissa de Metroid Samus Returns.
Versão de 1991 |
“Remake” de 2017 |
O planeta SR388
Nada que consultarem detonados hein galera! |
Após a introdução do jogo nossa nave aterrissa na superfície
do planeta SR388, e é a partir daí que começa a nossa exploração nesse lugar
nada hospitaleiro, um dos grandes pontos fortes aqui é o fator de exploração,
pois não demora muito para percebermos que o planeta é na verdade um grande
labirinto onde se escondem vários segredos e mistérios.
É fato que nos dias de
hoje quando agarramos em alguma parte de um jogo logo tentamos recorrer a um
gameplay ou a um detonado para sabermos como avançarmos, no entanto eu não
recomendaria que isso se aplicasse a este game, pois todo o seu charme está na
exploração dos cenários e logo vale muito a pena se o jogador(a) tentar avançar por si mesmo desvendando os caminhos pelos quais se aventura.
decepcionante no começo da jogatina, principalmente para aqueles que não
possuem intimidade com os jogos da caçadora de recompensas (como eu denovo),
isso porque os movimentos de Samus são muito mecânicos e meio travados se
compararmos sua jogabilidade com a de Super Mario por exemplo, mas isso é
facilmente superado pelo jogador(a), pois apesar de mecânicos os comandos de
Samus são bem simples de serem executados, e bastam poucos minutos explorando
os cenários para termos o controle total de nossa heroína que conta com vários
recursos para derrotar os Metroids.
podemos dizer que cada área é como se fosse uma fase do jogo, mas não se deixe
enganar, pois o game não é tão curto assim, cada área esconde vários segredos e
possuem um tamanho relativamente grande para se explorar, e para que se possa
ter acesso a outras áreas o jogador terá de abater uma certa quantidade de
Metroids que cada nível vai exigir para progredir, além disso em cada área
também é possível encontrarmos vários upgrades para o traje de Samus, tais como
tanques extras de energia, canhão de gelo, radar,
escudo, a
O novo sistema de parryng se torna fundamental no jogo. |
clássica habilidade morphball, a nova mira que permite atirar em qualquer direção, o sistema de parrying, dentre outras infinidades de recursos
que deixam Samus extremamente poderosa quando chegar a última área do jogo, logicamente que os inimigos também irão ser mais difíceis a medida que o jogador(a)
progride pelas áreas
Um ponto negativo com relação aos inimigos é que muitas
vezes eles dão um respawn muito rápido quando saímos de uma sessão e retornamos
para a mesma, digo isso porque as vezes é fácil nos perdermos pelo cenário e
logo é normal que tenhamos de passar por um mesmo lugar várias vezes e por
conta disso sempre temos de abater os mesmos inimigos, outro aspecto
negativo são os pontos de save no jogo, por se tratar de um game para um
console portátil seria interessante se pudéssemos salvar nosso progresso no
momento que bem quiséssemos, mas não é assim, você é obrigado a ir até um
ponto de save. Lembro que precisei refazer muitas partes do jogo por estar
jogando no ônibus ou no metrô e na hora em que eu ia descer do transporte eu
não tinha como salvar meu progresso pelo fato de não estar próximo a um save,
no entanto existem vários desses pontos espalhados pelo mapa, mas ainda assim
seria melhor se pudéssemos salvar o jogo quando quiséssemos .
O nível de dificuldade não decepciona! |
É preciso bater muita perna se quiser ver o mapa inteiro! |
Por se tratar de um jogo linear, não espere que seja tão
fácil encontrar os lugares certos pra onde se deve ir logo de cara, isso porque
o mapa na tela inferior do console vai se revelando aos poucos à medida que o jogador
(a) avança, além disso, muitas vezes será necessário retornar em algumas áreas para
pegar um item que antes você não conseguia pegar por conta de uma habilidade
que te faltava, o que acaba colaborando bastante com o fator replay do jogo, pois quando se tem todos os upgrades do traje de Samus a exploração pelo mapa
se torna bem mais fácil, e acreditem, o mapa esconde tantos segredos que faz com
que fiquemos instigados a explorar cada cantinho possível.
Upgrade na nostalgia
para outros o jogo se trata de uma boa dose de nostalgia, e a Nintendo juntamente com a Mercury Steam tiveram plena
consciência disso, o jogo é muito bem trabalhado em todos os seus aspectos, na
parte gráfica os cenários possuem um nível de detalhamento e profundidade que
chega a encher os olhos, aliás esse é um dos poucos jogos em que se vale a pena
jogar com o efeito 3D do 3DS ligado, e podem acreditar no que estou dizendo, pois o 3D aqui realmente faz uma diferença enorme melhorando ainda mais o que
já e bom.
Com relação a parte sonora também temos outro show, as
músicas são fluidas e combinam com os cenários do jogo, salvo que alguns
arranjos vem de jogos anteriores da série o que é algo muito bem vindo, o jogo também trouxe novos amiibos que liberam
conteúdo exclusivo assim como também ganhou uma versão de colecionador
onde se é possível ter acesso a arte da capa original do Game Boy e a um CD com
todas as músicas do game.
Novos Amiibos e a versão de colecionador! |
Até mesmo uma versão do New 3DS com a temática de Metroid foi lançada para ajudar a promover a franquia, a partir de todo esse cuidado por parte da Nintendo
vemos que a empresa do bigodudo não só procurou reinserir Samus para os jogadores mais antigos como também
procurou apresentá-la aos jogadores mais novos, como uma espécie de
introdução a experiência que muito em breve teremos com o Metroid Prime 4 que
será lançado pro Switch daqui a algum tempo.
aquisição para o seu 3DS, esse é um daqueles jogos em que você irá sentir o
prazer de zerá-lo por várias vezes sem se enjoar (o que é algo difícil nos dias
de hoje), se assim como eu você só conhecia a Samus pelo Smash Bros, recomendo
que dê uma chance a essa franquia fantástica, pois dificilmente irá se
arrepender, e se você já é um conhecido de Samus por meio dos outros jogos da
série, então está esperando o que para se aventurar nesse remake com cara de
jogo novo? Enfim, Metroid Samus Returns é o tipo de jogo que muitos de nós
gamers estávamos esperando e precisando há muito tempo e que com toda certeza
merece a nossa atenção.
Notas:
História 9/10
Visual 10/10
Trilha sonora 10/10
Jogabilidade 9/10